O dia 18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data foi escolhida em memória ao brutal assassinato da menina Araceli Cabrera, 9 anos, cometido por jovens de classe média, em Vitória (ES) – todos absolvidos pela justiça em 1991. Neste dia, ela desapareceu da escola onde estudava para nunca mais ser vista com vida.
Nos Programas AABB Comunidade Uauá (BA) e Marabá (PA), a data não passou
Uauá, Bahia.
O Programa Integração AABB Comunidade Uauá, em parceria com o Conselho Tutelar e outras instituições que trabalham com crianças e adolescentes da região, participou, do 1º Manifesto Contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, com o tema: “Esquecer é Permitir, Lembrar é Combater”.
“Também nos vestimos de preto, simbolizando o luto pelas vítimas da violência, e de branco, para simbolizar o direito ao desenvolvimento de uma sexualidade livre do abuso e da exploração sexual”, informa a coordenadora do Programa, Haildes Moura.
O evento era sério, mas por envolver crianças, precisava de um tom mais lúdico. Pensando nisso, os educadores propuseram que uma educanda se vestisse de palhaça e entregasse folhetos, informativos e pirulitos aos que assistiam a mobilização. Resultado: a animação foi contagiante!
“O manifesto sensibilizou a população de Uauá, e fez com que o povo abrisse os olhos para a necessidade de não calar quando o assunto se trata de vidas. Não podemos deixar que usurpe de nossos filhos a oportunidade de viver como criança ou como adolescente”, afirma Haildes.
Marabá, Pará.
Ainda neste dia, educandos do Programa AABB Comunidade Marabá, participaram de uma manifestação em protesto contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. O ato teve apoio das secretarias de Educação e Assistência Social do município.
Realizado na “cidade velha” – como é conhecida a parte mais antiga do município de Marabá –, crianças do Programa e de escolas públicas da cidade fizeram uma passeata com cartazes que faziam alusão ao tema. “Precisamos fazer as pessoas entenderem que exploração sexual é crime”, diz a coordenadora do Programa, Hilda Oliveira dos Santos.
“O evento foi de grande valia. As crianças puderam aprender mais sobre o tema e ainda participaram de uma ação que visa lhes garantir direitos fundamentais como saúde, educação e lazer”, conclui Hilda.
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